domingo, 29 de maio de 2011

A Importância do Coordenador Pedagogico no Contexto Escolar


A IMPORTÂNCIA DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NO CONTEXTO SOCIAL


Aparecida dos Santos Aires 1
Ronaldo Cardoso da Silva2

RESUMO


Este artigo apresenta como discussão a “Importância do Coordenador Pedagógico no Contexto Social”, partindo de uma análise sobre a função desse profissional e como o mesmo estabelece suas responsabilidades para com os entes participantes da comunidade escolar. Ao longo do texto é possível verificar as responsabilidades atribuídas ao coordenado pedagógico para que seu trabalho no ambiente escolar seja voltado as discussões sociais, que aproximem a comunidade da escola. O texto faz uma revisão bibliográfica em autores pertinentes a problemática apresentada: Qual a importância dos Coordenadores Pedagógicos no Contexto Social da Escola? Assim é possível verificar a abordagem feita em cima da listagem dessas importâncias, somado ainda com a abordagem do papel da escola enquanto ambiente de integração social, para isso o texto pontua que ao coordenador é designada a responsabilidade em traçar caminhos que levem a formação dos discentes, relacionando esses caminhos com a condição social em que os alunos estão inseridos. A culminância do texto ocorre quando é considerado que a coordenação pedagógica é a instância mediadora entre os saberes e práticas desenvolvidas na escola, por esse motivo sua figura é colocada como importante diante do espaço escolar, já visto que é através dele que chega informações, conflitos, problemáticas, soluções e também cria propostas que permeiam a integração do entes que fazem parte da escola, pais, professores, direção e comunidade. A metodologia da pesquisa é baseada em uma ampla pesquisa bibliográfica, tendo como objetivo geral ofertar uma referencial diagnosticador da importância do profissional coordenador pedagógico.

PALAVRAS-CHAVES: Coordenador Pedagógico. Contexto Social. Integração.

1-Professora de Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino de Estância
2-  Coordenador Pedagógico das Redes Municipais de Ensino de Estância e Santa Luzia do Itanhi-SE – ronaldocardoso1980@hotmail.com
ABSTRACT


The discussion paper shows how the "Importance of Social Context in Pedagogical Coordinator, starting with an analysis on the role of a trader and how it sets its responsibilities to the entities participating in the school community. Throughout the text you can check the responsibilities assigned to coordinate their work to teaching in the school environment is facing the social discussions, bringing together the school community. The text presents a review of relevant authors presented the issue: How important are the educational coordinators in the School of Social Context? So it is possible to verify the approach taken over the listing of such amount, together with further approach to the role of school as an environment for social integration, for this text points out that the coordinator is assigned the responsibility to trace paths that lead to formation of learners , connecting these paths with the social condition in which pupils are entered. The culmination occurs when the text is considered that the coordinating education is the mediating body between the knowledge and practices developed in school, therefore his figure is placed on how important the school environment that is already seen through him that information arrives, conflicts , issues, solutions and also creates proposals related to integration of entities that are part of the school, parents, teachers, and community leadership. The research methodology is based on an extensive literature search, aiming to offer a general reference diagnostician of the importance of professional pedagogical coordinator.


KEY WORDS: Educational Coordinator. Social Context. Integration.
SUMÁRIO


1 INTRODUÇÃO........................................................................................................06
2 O PAPEL SOCIAL DO COORDENADOR PEDAGÓGICO....................................07
2.1 A Responsabilidade do Coordenador para Propiciar Caminhos para a Escola.........................................................................................................................09
3 O PAPEL DA INTEGRAÇÃO SOCIAL NO AMBIENTE ESCOLAR......................11
4 CONCLUSÃO.........................................................................................................15
5 REFERÊNCIAS.......................................................................................................17



























1 INTRODUÇÃO


O coordenador pedagógico é tido como um dos elementos indispensáveis para a o gerenciamento do corpo docente e discente das unidades escolares, e não apenas delas, mas de outras instituições que necessitem do suporte técnico que este profissional pode fornecer. Desta maneira, sua importância se dá porque no seu exercício profissional várias são suas funções para a escola, mediar, formar, debater, propor. Sua condição de profissional mediador com toda a comunidade escolar lhe permite vivenciar situações sociais das mais distintas.
Assim, este artigo realiza um estudo a respeito da “Importância do Coordenador Pedagógico no Contexto Social da Escola”, partindo dos princípios que fundamenta esta profissão, levando em consideração que o coordenador é uma figura dinâmica socialmente. Ao longo do texto estará traçado teoricamente o envolvimento do conteúdo com os objetivos que o permeiam, afinal para se chegar a conclusão de qual é a importância do Coordenador Pedagógico para o Contexto Social da Escola? É necessário averiguar nas teorias concernentes as causas para essa importância, listar as importâncias apresentadas pelos teóricos que fundamentam este trabalho.
Trata-se de uma revisão bibliográfica, que discute ao longo das páginas que seguem a realidade proposta, no primeiro momento se verificará o papel social do coordenador pedagógico, mostrando entre outras coisas como a sociedade ver este profissional e quais suas responsabilidades, no mesmo momento em que se pode perceber as responsabilidades do coordenador pedagógico em traçar caminhos para o desenvolvimento da escola. Em seguida, é posto em evidência o ambiente escolar como espaço de socialização entre os entes participantes da escola. 




2 O PAPEL SOCIAL DO COORDENADOR PEDAGÓGICO


A sociedade atual é reconhecida pelas novas demandas que exige uma (re) significação dos seus papeis em termos de funções e práticas pedagógicas frente a essas exigências que estabelecem nos interiores das escolas a presença de profissionais do ensino capazes de promover a articulação na formação dos alunos ou professores. Essas capacidades são, portanto, um comprometimento profundo daquilo que um coordenador pedagógico pode fazer enquanto mediador das relações intrínsecas presentes no mundo do ensino.
A presença do coordenador pedagógico é indispensável, pois, enquanto sujeito mediador deve ser consciente da sua própria formação continuada e de sua equipe. Sua função é indispensável para a manutenção da parceria com a família e comunidade, pois, realiza suporte de gerenciamento, coordenação e supervisão na realização das atividades relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem.
O coordenador pedagógico tem como funções acompanhar o fortalecimento do projeto político pedagógico, fomentar a formação continuada dos professores. Porém, deve ser consciente que suas ações devem ser responsáveis a partir da análise das dificuldades e conflitos existentes. Suas atividades são, portanto, formadora, articuladora e transformadora a partir da consideração das diversidades e gêneros.
O coordenador pedagógico não age aleatoriamente, deve possuir uma agenda de trabalho baseado na qualificação e na melhoria na dinâmica da própria escola, sendo produtivo na superação das necessidades pendentes. O seu olhar deve ser de observador, argumentador e planejador, considerando atingir aos objetivos escolhidos como metas de ensino.
É importante considerar a importância do ouvir, falar e sugerir na busca pelo estreitamento da sua própria relação com a família ou comunidade. Sua prática é complexa, pois, precisa articular as diferentes instâncias presentes na escola.
Segundo Almeida (2003, p.45), na formação do professor, "é muito importante prestar atenção no outro, em seus saberes, dificuldades", sabendo perceber e conhecer essas necessidades provocando subsídios necessários à atuação.Assim, o contato entre docentes e coordenador, à medida que se encurta e ambos evoluem em sentido prático e teórico, concebe a confiança, o respeito entre estes e favorece a elevação como pessoas.
Já na relação escola e família, o coordenador é responsável para aproximar os laços e mantê-los em favor da construção efetiva dos educandos à medida que cada ente social assuma seu papel diante desse ato indispensável e intransponível. Conforme apresenta Como apresenta Reis (2008 s.p):


...homens que através de sua ação transformadora se transformam. É neste processo que os homens produzem conhecimentos, sejam os mais singelos, sejam os mais sofisticados, sejam aqueles que resolvem um problema cotidiano, sejam os que criam teorias explicativas.


É tarefa do coordenador favorecer a construção de um ambiente onde a democracia seja uma constante e participativo, que se incentive a construção do conhecimento por parte da comunidade escolar, promovendo modificações atitudinais, procedimentais e conceituais nas pessoas que participam dela.
Como exemplo de circunstâncias democráticas e participativas pode-se citar os órgãos colegiados, estes são espaços que proporcionam essa formação à medida que a participação, a responsabilidade e o protagonismo de seus participantes, pais, professores, alunos, coordenação e direção, ocasionem transformações significativas nesse ambiente. Cabe ao coordenador participar conjuntamente e ver esses espaços como oportunidades para o desenvolvimento das suas tarefas. Apesar das inúmeras atividades desempenhadas por este profissional, descritas até esse momento, o coordenador pedagógico enfrenta outros problemas no espaço escolar, tais como do ponto de vista da burocracia, das disciplinas e da organização do espaço escolar. Segundo  Blandino (1996, p. 6)



[...] não se pode negar que o momento do aparecimento do COORDENADOR PEDAGÓGICO coincidiu com a sobrecarga de tarefas de diferente natureza dos diretores e com a necessidade de um elemento novo que trouxesse contribuições pedagógicas específicas, traduzidas em ações facilitadoras das relações do processo ensino-aprendizagem


Assumir o cargo de coordenador pedagógico é sinônimo de enfrentamentos e prestação diária aos pais, funcionários, docentes, além da responsabilidade de incentivo a efetivação do projeto político pedagógico, necessidade de manter a auto-formação ao mesmo tempo, independente da instituição e de cursos específicos, correndo o risco de ficar sem ânimo e comodismo e fatores de ordem pessoal que podem interferir em suas atividades.
Geralmente, a escola e a coordenação se questionam quanto à necessidade desse profissional e chegam ao ponto de vista que esse sujeito pode desenvolver significativas modificações, pois esse trabalha com formação e informação dos docentes, principalmente. O espaço escolar é diverso e a reflexão é necessária a superação de problemas, socialização de vivências e aprimoramento das relações interpessoais.
O coordenador pedagógico se torna elemento fundamental no ambiente escolar, pois busca relacionar os envolvidos no processo ensino-aprendizagem fixando as relações interpessoais de maneira saudável, melhorando a formação do professor e a própria, aprimorando habilidades para lidar com as diversidades tendo o objetivo de ajudar efetivamente na construção de uma educação eficaz.


2.1 A RESPONSABILIDADE DO COORDENADOR PARA PROPICIAR CAMINHOS PARA A ESCOLA.


Estabelecer caminhos na escola é a tarefa fundamental do Coordenador Pedagógico, o qual, ao trabalhar de maneira integrante, dará sentido às ações pedagógicas. Cabe, assim, ao Coordenador atuar no sentido de realizar transformações a escola em unidade de formação em serviço dos docentes e discentes. Conhecer o ambiente escolar a fundo é condição necessária para entender a função do coordenador pedagógico. Assim (LIMA, 2007, p. 45),


O conhecimento da vida escolar, de suas relações, indagações, êxitos, fracassos, completudes e incompletudes em relação às políticas publicas para a educação, em relação a dimensão das relações interpessoais, em relação a organização, metas e projetos da escola; solicita uma visão de conjunto para que seus contextos e condicionantes sejam suficientemente entendidos e problematizados, desta maneira a educação em sua finalidade primordial poderá encontrar encaminhamentos significativos como indicadores de seu norteamento.Na sociedade do conhecimento em que vivemos, que se caracteriza pelo processo ensino-aprendizagem permanente e continuado (mundo globalizado e em processo de globalização) não é possível entender a escola e suas relações como se estivessem desvinculadas da totalidade social, materializando seus esforços simplesmente como transmissora de conhecimentos, cujo dever formal se completa na formação de sujeitos determinados para uma sociedade impessoalizada e alienante.


O coordenador Pedagógico deverá estruturar as atividades a serem empenhadas pela a Escola, acompanhando o efetivo cumprimento da Proposta Pedagógica, criando momentos para reflexão sobre a prática e a participação dos membros da comunidade. Ser pessoa criativa, estudiosa, organizada disposta a conceber os conhecimentos, inovar é um dos requisitos importantes para o desenvolvimento do Coordenador, que também deverá estar atento aos aspectos das relações interpessoais inerentes à convivência humana no cotidiano do universo escolar.
As responsabilidades do coordenador, pontuadas até agora como estão cada vez mais diversas e múltiplas. Dessa forma, planejar a ação pedagógica, sua função primária, requer que o Coordenador Pedagógico participe plenamente do seu espaço de trabalho e da comunidade em que a escola está inserida, atuando como mediador, formador e transformador das práticas na escola. A ação educativa precisa partir de um planejamento, relacionada como todos participantes da Escola, sendo o Coordenador um dos atores de ligação fundamental, a partir de maneiras interativas de trabalho, em momentos de estudos, proposições, reflexões e ações, fazendo com que a escola possa vivenciar as realidades sociais. Desta Maneira segundo (LIMA; 2007, p.87):  
Na constituição da coordenação pedagógica muito mais do que a nomenclatura do cargo, deve-se primar pelo significado que tal cargo deve exercer em nível de liderança e condução dos trabalhos pedagógicos de uma unidade educacional. Coordenador pedagógico e professor, investidos de papéis diferentes, de saberes diversos, podem buscar um encontro fecundo, cujo fruto seja a construção de uma prática pedagógica mais consistente, enriquecida e criativa.


A responsabilidade formadora do Coordenador está baseada na formação continuada dos profissionais da Escola, devendo ainda estar aberta ao saber adquirido no dia-a-dia, que deve ser refletido e incorporado ao desenvolvimento pedagógico dos educadores. Segundo Fusari (1992, p. 102), o processo de formação de profissionais, que trabalham na escola, “deverá abordar valores sociais a serem desenvolvidos, tais como: autonomia, liberdade, respeito e solidariedade”, uma vez que esses são necessários de serem incorporados, ampliados e reelaborados na escola.
A função do Coordenador deve ser vista como um facilitador que, no espaço escolar, considerada espaço de construção de relações humanas, estará envolvendo em sua prática, não só os valores citados acima, bem como práticas e conceitos de justiça, compromisso, democracia e gestão de conflitos. A formação dos professores e de outros profissionais da Escola pode ser realizada nos momentos das Atividades Complementares, partindo do princípio que o coordenador deve estabelecer as diretrizes para que essa formação possibilite a Escola uma maior interação social.
O Coordenador precisa favorecer à transformação de atitudes da comunidade escolar, promovendo a reflexão e a vivência nas relações escolares. Como agente de transformação da prática pedagógica, o Coordenador necessita estar aberto a transformar-se, a partir das considerações reflexivas e do feedback dos demais atores que permeiam o ambiente escolar.


3 O PAPEL DA INTEGRAÇÃO SOCIAL NO AMBIENTE ESCOLAR


A educação tem como princípio, oferecer a possibilidade de acesso e de ampliação de cidadania através de práticas educativas de sistematização dos conhecimentos socialmente acumulados pela humanidade. Essas práticas são estabelecidas no ambiente escolar cuja responsabilidade essencial é a aplicação de conhecimentos gerais que permitam aos estudantes se integrarem no meio social que os cerca. Segundo (SILVEIRA; 2007 p.56):


A escola tem como função social sistematizar e disseminar os conhecimentos historicamente elaborados e compartilhados por uma determinada sociedade. Por isso, os processos educativos em geral e, principalmente aqueles que ocorrem em seu interior, constituem-se em dinâmicas de socialização.


Neste sentido, pode-se afirmar que educação comporta elementos socializantes, pois tem a condição de formar os sujeitos na perspectiva de se tornarem agentes socialmente ativos. Obviamente que está se falando de uma educação que privilegia os processos educativos que tenham como objetivo formar cidadãos críticos e atuantes numa determinada sociedade. Uma educação que não gera formação de preconceitos ou discriminações, que promove o debate social, a solidariedade, o respeito, a tolerância, e, acima de tudo, a autonomia e a independência dos sujeitos envolvidos. Enquanto ambiente de socialização, a escola constitui-se no ponto privilegiado de um emaranhado de atividades que, de forma estruturada, continuada e organizada, responde pela construção psicossocial de uma pessoa, permitindo-lhe posicionar-se frente ao mundo.
As relações sociais que se desenvolvem neste espaço formativo, estruturada e organizada pela parte pedagógica do mesmo, ajudam crianças e adolescentes a compreenderem-se a si mesmo e aos seus outros sociais, enquanto sujeitos sociais e históricos, assim, oportuniza a construção da base inicial para a vivência efetiva na sociedade.
Permitir a partir do empenho da coordenação pedagógica a inserção de discussões sociais deve se dá necessariamente, por um efetivo diálogo entre saberes e práticas humanizadoras que conferem sentidos e significados à participação efetiva de todos os envolvidos no processo educativo que se desenrola na escola.
De acordo com o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (2006), a escola, no âmbito específico de sua atuação, pode contribuir para a realização de ações educativas que visem fomentar/estimular/promover a cultura dos direitos humanos mediante o exercício de práticas educativas de promoção e fortalecimento dos direitos humanos no espaço escolar, ajudando a construir uma rede de apoio para enfrentamento de todas as formas de discriminação e violação dos direitos.
Com o objetivo de extinguir práticas e comportamentos anti-sociais e de discriminação contra grupos e/ou pessoas vulneráveis ou em situação de risco pessoal e social, a coordenação pedagógica pode incluir, nas discussões temáticas que discutam questões relativas à diversidade social.
A coordenação pedagógica precisa levar para escola projetos e programas educacionais e culturais, com o apoio das redes de assistência e de proteção social, que visem à promoção de uma relação social pacífica de novas formas de conhecimento. Na visão de Muramoto (1991, p. 86) Compete à escola, local por excelência de sistematização dos conhecimentos produzidos pela humanidade, programar e desenvolver uma pedagogia participativa e democrática, fundada no diálogo e na capacidade do ser humano de se relacionar, que inclua conteúdos, procedimentos, valores, atitudes e comportamentos orientados para a compreensão.
É necessário perceber que o coordenador pedagógico deve incluir no projeto político-pedagógico da unidade escolar uma maneira eficiente de socializar, comunidade, pais, alunos, professores e direção, de maneira a considerar que as ações elencadas nos princípios de convivência, participação, autonomia e democracia. A concretização da educação nas escolas torna-se factível na medida em que este espaço possa estimular propor, apoiar e elaborar propostas de natureza socializantes.
O coordenador pedagógico necessita conforme apresenta Veiga (1995, p. 78) discutir para os professores que planejamento de ensino, deve dar ênfase a uma educação socializadora, ou seja, precisa levar em consideração conteúdos e atividades que visem desenvolver nas crianças e adolescentes atitudes, condutas e ações que favoreçam/fortaleçam comportamentos cooperativos, dialógicos e participativos.
Assim, faz-se necessário investimento na formação do professor de modo a garantir que sejam contempladas as dimensões da complexidade e da diversidade intrínseca ao processo de educar. Para tornar efetiva a cultura escolar que tem como princípio norteador a educação para a integração é fundamental que o coordenador pedagógico seja alguém que possibilite abrir caminhos para as práticas motivadoras na escola.
Os saberes necessários ao coordenador pedagógico que amplie a socialização não podem ser outros senão aqueles que permitam compreender a natureza inacabada, plural, diversa e mutável do ser humano, sua incompletude e historicidade. Falando de saberes sociais capazes de conferir sensibilidade e competência ao educador para atuar como mediador na construção de ambientes integrantes.
A partir do que é exposto por Nogueira (2005, p. 69) é salutar que o coordenador perceba e amplie as metodologias de ensino a serem desenvolvidas,  e que elas, precisem levar em consideração o educando como o sujeito do processo educativo, contemplando uma pedagogia fundada no diálogo, na participação coletiva. Tal pedagogia pode ser potencializada mediante a realização de oficinas pedagógicas, rodas de conversa, debates, criação de fóruns de discussão e de deliberação coletivas, assembléias escolares, círculos de cultura e de lazer.
É necessário que as escolas possam agregar aos seus projetos pedagógicos não apenas conteúdos, mas, fundamentalmente, experiências e práticas que ajudem a fomentar/fortalecer atitudes, condutas, valores e comportamentos orientados para a troca de experiências sociais.
A consecução de uma escola voltada para a socialização troca de experiências e participação dos agentes educacionais ocorre quando mediante esforço de articulação entre gestores, coordenadores professores, alunos e comunidade, em torno de uma ação integradora que vise a consolidar mecanismos que promovam as ações sociais.
Não é possível falar em promoção da socialização na escola sem construção de espaços democráticos e participativos somente possíveis por meio de uma gestão participativa. Uma escola, em cujo ambiente se desenvolvem práticas distintas, verticalizadas entre alunos e professores, entre professores e corpo coordenação pedagógicos.
Assim, a escola, através do investimento de seu corpo coordenativo pode fomentar e apoiar diversas formas de organização estudantil como espaços para o fortalecimento dos princípios integracionistas, estimulando, em seu interior, a realização de debates, encontros, palestras, mesa-redonda, simpósios e seminários como estratégia de aproximar as partes que compõem o todo escolar.


4 CONSIDERAÇÕES FINAIS


O coordenador pedagógico, no desenvolvimento de sua função social de formação do cidadão, deve favorecer o clima de respeito à diversidade, exercitar práticas coletivas, dialogar com os educandos, levar em consideração as formas de pensar, agir e sentir – elementos imprescindíveis ao bom desempenho da escola em que ele estiver inserido.
A coordenação pedagógica é a instância mediadora entre os saberes e práticas desenvolvidas na escola, por esse motivo sua figura é colocada como importante diante do espaço escolar, já visto que é através dele que chega informações, conflitos, problemáticas, soluções e também cria propostas que permeiam a integração dos entes que fazem parte da escola, pais, professores, direção e comunidade.
O coordenador deve propor e sistematizar situações-problemas que envolvam atividades coletivas ou em pequenos grupos, onde a escola seja convidada a discutir, planejar, executar e avaliar determinadas atividades que possibilitem a integração entre todos os que compõem a escola.
Então ao longo do texto foi visto que são apenas algumas das inúmeras possibilidades de a escola poder contribuir para a construção de um ambiente que efetivamente possibilite a integração entre os agentes participantes. Quanto mais qualificada for a inserção do coordenador na proposta de educar para a valorização do meio social, maior será a probabilidade de formarmos indivíduos que contemplem e ampliem seus horizontes sociais.

5 REFERÊNCIAS


ALMEIDA, Laurinda R. O relacionamento interpessoal na coordenação pedagógica.In.:ALMEIDA, Laurinda R.,PLACCO,Vera Mª N. de S. O coordenador pedagógico e o espaço de mudança. São Paulo:Edições Loyola,2003.

BRASIL, Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos. Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos. Brasília:SEDH/MEC/MJ/UNESCO, 2006.

BLANDINO, F. M. L. A construção do coordenador pedagógico rumo a um projeto de escola: o ideal, o legal e o real. 1996. 145f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1996.

FUSARI, José. A formação contínua de professores no cotidiano. Idéias. São Paulo: FDE, 1992.

LIMA, Paulo Gomes. SANTOS, Sandra Mendes dos. O Coordenador Pedagógico Na Educação Básica: Desafios e Perspectivas In: Educere et Educare Revista de Educação. vol. 2, nº 4, jul./dez. 2007, p. 77-90.

MURAMOTO, Helenice M.S. Supervisão Escolar-Para que te quero? São Paulo: Iglu,1991.

NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Pedagogia de Projetos – Etapas, Papéis e Atores. SP:Erica, 2005.

REIS, Fátima. Regimento Escolar, Artigo nº. 129/2006-Resolução CEE/TO. Disponível em: www.webartigos.com.Acesso em: 20/08/2008

SILVEIRA, Rosa Maria Godoy; NADER, Alexandre Antonio Gilli & DIAS, Adelaide Alves. Subsídios para a Elaboração das Diretrizes Gerais da Educação em Direitos Humanos – versão preliminar. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2007.

VEIGA, Ilma Passos A.(org). Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção possível. Campinas: Papirus, 1995.

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